quarta-feira, 23 de março de 2016

Cicatrizes Urbanas - Torres Vedras

Primeiro dia de Primavera e a chuva vem juntar-se ao grupo, pede um café e rabisca uma figura a desenhar sobre um fundo de nuvens negras e telhados de igrejas.
Apesar de ser um encontro quase flash e de a chuva ter marcado alguma presença nas folhas dos blocos, foi um encontro de excelentes companhias para desenhar, aprender, falar e partilhar experiências entre arquitectos e artistas...
O lugar pode parecer um parque de estacionamento comum, mas não é apenas uma mancha de alcatrão povoada por automóveis, é para este espaço que a rua Serpa Pinto abriu organicamente com uma esplanada nas ruínas da loja Hipólito. Possui também uma das melhores vistas sobre o núcleo antigo de Torres Vedras e uma ligação forte com a Igreja de Santiago, fisicamente pelas traseiras e espacialmente com ligações à antiga praça da batata, actualmente utilizada como acesso à igreja e suporte a pequenas actividades religiosas.
Neste vazio urbano, a Antiga Casa Hipólito dará origem à nova Biblioteca e ao Museu do Brinquedo, fica o desejo de que as suas melhores ligações visuais e físicas sejam valorizadas.






mais informações sobre a Casa Hipólito em link

No edifício mais antigo com azulejo roxo ficava a casa do Comendador António Hipólito



sábado, 12 de março de 2016

Cicatrizes Urbanas - Torres Vedras


Um encontro de desenho mas desta vez com um tema especial que pode interessar aos apaixonados pelo tema mas para todos os arquitectos que estão neste momento a participar no concurso público da Ordem dos Arquitectos para o novo projecto da Biblioteca Municipal e Museu do Brinquedo. É da maior importância que os arquitectos envolvidos visitem o lugar com o propósito de o desenhar, perceber e acima de tudo ouvir a história que está presente naquele local contada por quem o conhece bem. É já para a próxima semana, por isso não percam esta oportunidade de desenhar um sitio que está prestes a ser alterado para sempre... Quem sabe se um de vós que está a ler isto não será o responsável por essa mudança.

2º EIDR - Torres Vedras - Incrições Abertas



"Desenho porque quero um mundo meu, não dito mas <<mundado>>: uma natureza que natura, uma substância que substancia, um algo-novo, um para-sempre-novo. (...) O desenho que eu desenho, é o mundo." (Pedro António Janeiro, 2013)
Torres Vedras, é hoje, um dos destinos preferenciais para os amantes do desenho de rua (urban sketching), não só a nível a nacional, como a nível internacional.
O Encontro Internacional tem privilegiado o intercâmbio de desenhadores (sketchers) portugueses, espanhóis e brasileiros. Para além da promoção do nosso património, pretendemos sobretudo, promover a integração de novos praticantes, através de momentos de partilha, dando a conhecer novas técnicas, novos conceitos, novos mundos, mas sobretudo, mostrando que aqui qualquer pessoa pode desenhar. O desenho não é um “dom”, é paixão e treino.
“A mão treina-se? – Claro. A mão acentua hábitos, memoriza-os e depois sofistica-se…é a mão que selecciona criteriosamente o instrumento que usa para desenhar – o lápis, o pastel, o pincel, a caneta Bic… através do hábito”. (Vítor Neves, arq. 2012) Este ano, voltámos a convidar desenhadores que se destacam pela forma apaixonada com que vivem o desenho e a forma singular com que registam o seu quotidiano. 

•Portugal: Helena Monteiro (Lisboa); António Procópio (Mafra); Paulo Brilhante (Açores); Bruno Vieira (Torres Vedras); Pedro Alves (Torres Vedras); André Baptista (Torres Vedras);

•Espanha: Celia Burgos (Cádis); Joaquin Gonzalez Dorao (Madrid);
•Brasil: Danilo Yamamoto (São Caetano-SP); Márcia Rosenberger (Santo André-SP); Edward W. K. Wandeur (Santo André – SP); José Clewton (Natal); Flávio Ricardo (SP); Lia Rossi (Curitiba). Organização: Cooperativa de Comunicação e Cultura Parceiros: Câmara Municipal de Torres Vedras e Universidade Lusófina de HUmanidades e Tecnologias
Coordenação: CCC - Inês Mourão e André Batista

Inscrições e Info: geral@ccctv.org

segunda-feira, 7 de março de 2016

A puxar a chuva


... aquela bela expressão que tanto se ouve em Torres Vedras quando o típico vendaval se instala e começam a surgir aqueles nuvens com ar fofinho mas que rapidamente se abatem sobre nós numa chuvada monumental. Em ambos os desenhos, esse exacto momento, o primeiro no topo da serra do Varatojo no Casal do Facho e o segundo em Arenes da minha varanda.