quinta-feira, 29 de junho de 2017

Marinas... ufa!

Isto de desenhar marinas tem que se lhe diga. Nunca tinha desenhado tanto barco junto e não fiquei nada satisfeita. Tenho que descobrir como transmitir a ideia de barcos mas sem ser penoso e moroso fazê-lo. É sempre uma aprendizagem. Note-se a Igreja de S. Pedro quase omnipresente na paisagem penicheira, onde quer que se vá, lá está a torre sineira.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Piquenique no ISA_parte II

Antes do almoço e ainda na companhia da Isabel Braga, o desenho possível do Pavilhão de Exposições, um edifício de ferro e vidro desenhado pelo arq. Pedro D'Ávila e inaugurado em 1884 pelo Rei D. Luís I. Era dia de casamento, por isso a azáfama era muita. A chuva ameaçava, mas o sol acabou por vencer.
 
Este desenho ( e os dois últimos) foi feito com a mão esquerda, creio que já estava com ciúmes. A direita agradeceu o descanso.
 
 
Cheguei tarde ao almoço, mas ainda tive oportunidade de me juntar à Rosário, à Helena e à Isa.
Depois do almoço desenhei de forma rápida alguns pormenores e enquadramentos que me marcaram durante a visita. Confesso que os dois desenhos que me deram mais prazer foram os últimos 2. Não porque foram feitos com a mão esquerda, mas sim pela técnica e pelo tema - arquitectura vernacular, simples, esquecida e adormecida à espera de uma nova vida.
 
 
Com muita pena minha não pude ficar para a tarde. O calor era muito e o cansaço ainda maior. Não pude juntar-me ao grupo no "ataque" ao dragoeiro. Fica para a próxima. Não vai demorar, pois fiquei fã do espaço. Mais uma vez, um obrigado especial à Isa e à Catarina.

Santarém

Santarém estava cheia de gente, de sketchers, de vontade, de coisas para ver e pessoas para conhecer.
Os Oeste Sketchers marcaram presença e subiram ao "palco" para divulgar as próximas actividades pela voz de Pedro Alves, eu limitei-me a participar com desenhos e partilhas, fascinado, porque afinal, conhecia muito pouco de Santarém.
Depois de alguma caminhada explorando ruas e jardins, eu e o Pedro Alves paramos no jardim e miradouro das Portas do Sol, a vista era de tirar o fôlego. Ficamos ali a rabiscar e a pintar, falando de aguarela e paisagem, do Ribatejo e da vida.


De tarde, a sesta aliciava, mas havia tanta coisa para ver e tentar desenhar.
A chuva ainda me atrapalhou as linhas e o tempo passou a correr, aqui ficou Pedro Alvares Cabral, descobridor do Brasil, com descanso eterno na Igreja da Graça, cheia de detalhes e uma daquelas rosáceas hipnotizantes.



Agradecimentos aos Ribatejo Sketchers pelo convite,  à Ana Barbosa, ao João André e à Câmara Municipal de Santarém pelo apoio, almoço, visita guiada e disponibilidade de nos receber.













Aguarelável mundo novo

Quando pinto os meus desenhos, a aguarela é a minha escolha de arma. Desde uma viagem de desenho a Istambul, adoptei a aguarela como uma ferramenta prática e portátil, que rapidamente tornava os meus pretos e brancos em reportagens gráficas vívidas e apetecíveis.



Ultimamente, por razões profissionais e influências pessoais, estou cada vez mais a entrar no mundo da aguarela. Isto é, a ter o desenho e a cor a desempenhar papéis iguais no resultado final. Assim, o Festival Internacional de Aguarela, organizado em conjunto pela AAPOR e pela IWS em Torres Vedras era obrigatória, mesmo que só por um dia! O festival apresentava uma exposição de obras de pesos-pesados internacionais como Amit Kapoor ou Eleanor Hill, mas também mestres Portugueses como António Bártolo. Também havia demonstrações dos prós e quiosques com material de arte para testar e comprar.



Ao final da manhã, a Irina, representante da Winsor & Newton no festival, deu a alguns de nós a oportunidade de testar, entre outros materiais, um papel ridiculamente espesso (640g) que nós decidimos baptizar de "Pladur", a partir da popular marca Espanhola de gesso cartonado. O grão grosso do papel era apenas incrível de usar, mas a espessura extra é uma característica que ainda não me sinto preparado para tirar partido.



Os Oeste Sketchers marcaram encontro no mesmo dia. Foi bom ter companhia de malta do desenho com quem relaxar, desenhar, comer e beber cerveja.

Desenhar em Santarém


 O inicio dos desenhos neste dia 25 de Junho começou bem cedo ainda a caminho do local do
encontro, dentro do carro da Sofia que nos conduziu até lá. Ela ia falando com o Bruno, e o seu filho Duarte ainda meio ensonado e em modo pequeno-almoço ia seguindo o caminho e o desenho com atenção. Num instante chegámos a Santarém e depois de uma introdução para uma plateia bem composta, chegou o momento para desenhar Santarém.


 Eu tinha estado por lá há bem pouco tempo e ainda conservava memórias bem frescas da cidade, pelo que aproveitei o encontro para fazer os desenhos que gostaria de ter feito há uns meses atrás. Eu e o Bruno fomos até ao Jardim das Portas do Sol onde pude desenhar a vista oposta a que já tinha feito antes, desta vez a vista a montante do Tejo com a sua ponte antiga que se estendia sobre a Lezíria infindável... Entre conversa, desenho e pintura, a manhã passou num ápice..


...e chegou a hora de almoço, que devido ao elevado número de participantes mais parecia um banquete de casamento. Fiquei ao lado do Augusto e sua esposa e do Bruno, num divertido repasto onde falámos de pintura, desenho e como fazer bons pratos de carne e peixe para os amigos. 
Depois da comida boa e do vinho, sobretudo do vinho, já não havia grande vontade para fazer o que quer que fosse, a não ser dormir uma sesta. 


 Mas estávamos lá para desenhar e assim foi. Fui até a Igreja da Graça que me tinha despertado a atenção da última vez que lá tive e não pude desenhar. Desta feita não escapou. Entre sol intermitente e chuva, lá consegui fazer o desenho de uma complicada mas muito bonita igreja Gótica, acompanhado pelo Pedro Álvares Cabral e pelo Bruno que o "caçou" no desenho dele .
Depois disto ainda consegui fazer um mini workshop/demo para a Cintia Kou (de Macau a residir em Portugal há um ano ) que surpreendentemente fez a viagem até lá para desenhar connosco.


E para a prova futura que estivemos mesmo lá, o Augusto, eu e o Bruno, fomos tirar a foto junto do carro de exteriores da RTP de 1957 que mesmo assim não conseguiu roubar o protagonismo aos mais de 60 sketchers que tomaram Santarém de assalto neste Domingo bem passado. Obrigado aos meus colegas de viagem e à Sofia por nos ter levado até lá ;) Um grande obrigado aos Ribatejo Sketchers, à Ana Barbosa e o João André que tornaram isto possível. Foi um mega encontro, foi fantástico e quem não foi, não sabe o que perdeu.

Diz que no séc. XII ali se encontrou uma imagem de Nª Sª escondida numa caverna...


Peniche e o séc. XVI



Sinais dos tempos...

E é isto na esplanada à beira-mar...



terça-feira, 27 de junho de 2017

Piquenique no ISA_Parte I

 
Vamos lá conhecer o ISA e a Isa. Não conhecia, nem um, nem outra. Fiquei rendido aos dois.
Parti de Torres com Bruno. Chegamos cedo. Só lá estava a Isa, que logo nos sorriu. Os bancos denunciaram-nos.
O desenho que se segue foi feito enquanto esperávamos. Um desenho solto, descomprometido, feito a vários ritmos, entre beijos e abraços, apresentações e reencontros. Não consegui conclui-lo logo, começa a visita. No regresso a casa retomei a "conversa".
 

Para além da Isa, tivemos outra anfitriã, a Catarina com a habitual simpatia e paixão pelo ISA.
O desenho da ponte foi feito na primeira explicação da Catarina e antes de descermos pela "rampa da asneira". Precisamente a esta hora (do desenho) o Tomás estava a subir o Cristo Rei numa visita de estudo. Só por isso não foi ao encontro de desenho e ao Piquenique que teria adorado...
 
O segundo desenho é do observatório que se encontra num estado de conservação, no mínimo preocupante.

 
A visita continua e eis que encontramos este conjunto edificado junto ao famoso Pavilhão de Exposições. Mas a maior qualidade deste edifício é a sua localização - junto às tão procuradas instalações sanitárias...
 
 
A rapaziada continuou a andar, mas o cansaço e calor aconselharam-me a continuar o desenho à sombra de uma bela árvore na companhia da Isabel Braga.
Amanhã publico os restantes desenhos, mas posso adiantar que a esta altura já estava rendido a este paraíso no meio da cidade. Silêncio, árvores, pássaros, arquitectura singular e vista desafogada sob o Tejo. Lisboa é uma caixinha de surpresas... Obrigado à Isa e à Catarina

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Porto_ dia II

Saímos cedo do Hotel, descemos a rua de Fernandes Tomás e passámos pelo Mercado do Bolhão. Entrámos e percorremos as bancas. Metade do mercado está preenchido por andaimes, anunciando obras. Os manjericos estavam em maioria. Os pregões já não são o que eram. Tudo muito calmo, talvez calmo demais...
Saímos e seguimos até à Rua da Trindade. Um café na explanada do Terrace bar, com vista para a fachada lateral da Igreja da Santíssima Trindade.
 
 
Café tomado, descemos pela Rua da Trindade, até aos Aliados. Lá está a Câmara Municipal a fazer-se ao desenho. Está calor, muito calor, uma boa desculpa para parar à sombra (e desenhar). 
Descemos a Av. dos Aliados e subimos rumo à Torre dos Clérigos, onde fizemos a nossa 1ª visita ao interior, incluindo a subida à Torre. A Igreja é de uma beleza incrível. Tivemos sorte, pudemos ouvir o órgão de tubos a ser tocado. A subida à Torre é atribulada - espera e exiguidade do espaço, mas vale cada degrau que temos de subir. A vista panorâmica sobre a cidade é de uma beleza indiscritível.
 
 
Saímos cansados, mas de alma cheia. Ao lado da Torre, temos um "ser estranho" que parece ter caído de para-quedas - a praça dos Clérigos (recuso-me a classificar esta intervenção). Mas como que a pedir-nos perdão pelo atentado urbanístico, eis que nos deparamos com uma pérola - a livraria Lello. Já se paga para entrar, mas podemos converter o custo do bilhete em livros. A vantagem é que já se pode tirar fotografias. Fiquei-me pelo desenho, um cliché - a escada.
 
 
Depois de um tour pela cidade, parámos junto ao Mercado Ferreira Borges. O Jardim do Infante Dom Henrique está repleto de famílias que gozam os últimos raios de sol. Ao lado o imponente Palácio da Bolsa. Lá em baixo, através da Rua da Alfândega vislumbra-se o Douro e a azáfama dos turistas na frente ribeirinha.
 
 
Apesar do cansaço, não resistimos e descemos, rumo ao rio. Decidimos fazer o ultimo passeio de barco do dia. Enquanto esperamos cá fora, aproveito para registar a Praça da Ribeira. No barco, ainda há forças para um último desenho. Amanhã há mais....
 
 
 

Ontem fui visitar o Centro Interpretativo da Cultura Judaica, no centro histórico de Torres Vedras. Está um mimo. E como aquele pátio nas traseiras rebrilhava ao sol a provocar-me o risco, lá o rabisquei e atirei-lhe com umas cores.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

12º Encontro OSk - Vimeiro


Aqui está o cartaz do nosso 12º encontro de desenho de rua, com o grande vencedor do nosso desafio "Batalha do Vimeiro em Esboço", o Fernando Antunes com esta belíssima ilustração sobre um dos mais marcantes episódios da nossa história. Parabéns também a todos os participantes, iremos reunir um post com todos os desenhos que entraram para o concurso.
O encontro será dia 16 de Julho com encontro junto à Igreja do Vimeiro na Rua 21 de Agosto, pelas 11h. A reconstituição da batalha no centro da vila acontecerá as 12h. O almoço é grátis para os primeiros 30 inscritos por isso não percam tempo e inscrevam-se já, enviando mail para oestesketchers@gmail.com.

domingo, 18 de junho de 2017

PoSk 19 - Bairro do Barredo

4 dias no Porto, permitiram a participação no 19º Encontro dos PoSk, grupo de skechers que comemora um ano de vida, precisamente hoje (dia 18). Por isso abro uma excepção -  Os outros desenhos vão esperar, publico agora aqueles que foram feitos com um grupo de pessoas do melhor que há.
 
 
 
 
 
 
 
Um ano depois relembro a conversa que tive com o Armando sobre os grupos de desenho, sobre as dinâmicas, sobre a importância de haver um elemento catalisador, que dinamize, que insista e persista, atraindo cada vez mais participantes. O Armando, de "pseudónimo Abnose", é uma caixinha de surpresas. Um ano depois, os resultados falam por si. Parabéns e obrigado pela recepção. Vamos voltar
 
 
Desenhos do meu filho Tomás
 
 
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Procissão do Varatojo


A procissão de Santo António do Varatojo é um dos pontos altos da Festa anual organizada pela Comissão de Festas da Associação Cultural local. Apesar do padroeiro de Torres Vedras ser o São Gonçalo de Lagos, no Varatojo quem dá cartas é o mais popular de todos os santos, o António, que tal como em Lisboa, consegue desligar os holofotes do seu verdadeiro Padroeiro. Gostaria de contar a história desta célebre procissão mas a informação na internet é escassa e os meus preparos rudes (calções e chinelos) impediam-me de ser levado a sério pelas gentes mais conservadoras e detentoras de  tal conhecimento. O pouco que sei, é que esta procissão é levada muito a sério pelos Varatojanos, que se enchem de orgulho enquanto ladeiam as ruas da aldeia por onde ela passa, aldeia essa que se transforma num cenário idílico, digno do momento. Muitos aproveitam esta ocasião para se reconciliarem perante Deus ao fazer a marcha lenta descalço ou a carregar o mais pesado dos andores, que quando finalmente o largam, fazem-no em lágrimas de dor/gratidão. Esta deve ter sido a vigésima vez que assisti a este evento e foi muito especial porque contou com a presença da minha filha, vestida de anjo rosa. Participar nesta procissão sempre foi um desejo antigo, que por vergonha ou por falta de sacramentos não concretizei. Não sou fanático por Santos mas reconheço que aqui há uma carga social muito forte e uma vez que não pude fazer parte disto, dei a oportunidade à Lia que a agarrou muito bem. Apesar dos seus curtos 4 anos, também ela percebeu que aquilo estava longe de ser uma brincadeira e portou-se condignamente.

Arruda dos Vinhos

A convite do Augusto Pinheiro, eu e grande parte dos Oeste Sketchers rumaram até à vila da Arruda dos Vinhos para mais um encontro de desenho e pintura em pleno mercado oitocentista, onde muitos comerciantes já estavam vestidos a rigor a vender todo o tipo de produtos e iguarias regionais. Juntei-me aos vários artistas que já estavam a desenhar há muito no adro da Igreja da Nossa Senhora da Salvação e fui espreitando todos os trabalhos ao mesmo tempo que punha a conversa em dia. Consegui sentar-me e desenhar numa mesa de uma simpática tasca que ainda estava nos preparativos para o almoço que se aproximava. Um café, torta de laranja e um desenho depois, tempo para a primeira partilha do dia.


Depois do almoço oferecido pela organização, deu para falar de desenho, materiais, pintura, técnicas enquanto se ia desenhando as pessoas ao nosso redor. Aqui em destaque, o amigo Filipe Oliveira, cada vez mais assíduo nos nossos encontros e cada vez a desenhar melhor ;)


O café foi tomado à sombra neste belo largo que alberga a Biblioteca Municipal. Em conversa com o Augusto Pinheiro sobre as sombras luminosas fiquei com vontade de tentar e quase que consegui... É preciso um roxo puro para tal e eu, nuca o tenho... Depois tive de ir para casa mais cedo mas com o sentido de dever cumprido e com a sensação de que ensinei e aprendi com todos, que é o melhor que podemos ter num encontro de desenho.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Batalha do Vimeiro em Esboço

Acho que ainda vai a tempo do desafio. Foi a correr... As fotografias com telemóvel ficam sempre aquém do que fiz no papel :(   Mas é o que temos.