domingo, 30 de julho de 2017

Lusófona Summer School - Urban sketchers


 
Tive oportunidade e o privilégio de integrar o grupo de formadores da iniciativa Lusófona Summer School - Urban Sketchers
 
A minha sessão ocorreu no passado dia 21 de julho. Foi um misto de emoções, pois voltei à casa onde me formei enquanto arquitecto e foi aqui que despertei a minha paixão pelo desenho. Pela enorme gratidão que tenho à instituição, não podia rejeitar o convite da Filipa, por quem nutro profunda admiração, não apenas pela qualidade do desenho, mas também (e sobretudo) pelo trabalho que tem desenvolvido em prol do desenho de observação. 
 
 
 
 
Para preparar o workshop, fiz alguns desenhos uns dias antes.
 
O 1º exercício - "Com Bic também se desenha"
 
Estação de Comboio Torres Vedras - A casa do administrador
 
3º Exercício - "Desenhar ao Contrário" - 1º a mancha e de seguida desenhar com a mão contrária à mão dominante.
 
 
Casa de praia entre Santa Cruz e Amoeiras. (com a mão esquerda)
 
 
Quando cheguei, tive oportunidade de fazer este desenho rápido dos edifícios da Universidade.
 
 
 
 
Antes de iniciar a sessão, visitei o Museu Bordalo Pinheiro, acabando por decidir que a parte prática da sessão seria realizada neste espaço.
 
 
A minha apresentação consistiu sobretudo no papel que o desenho assume no meu quotidiano, entre o lazer e a profissão. Após a apresentação seguiram-se os exercícios.
 
Os formandos acolheram muito bem os desafios. Um grupo fantástico, onde a maioria está a iniciar o desenho em cadernos, o que ajuda sempre - ainda não têm muitos vícios ou ideias pré-concebidas.
Estavam reunidos todos os ingredientes para uma manhã produtiva.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 


 

 
 
Durante os exercícios pediram-me para fazer um desenho rápido daquele local, para memória futura.
 
 
Depois da sessão, houve piquenique no Jardim do Campo Grande.
Obrigado a todos pela oportunidade e pela entrega.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 26 de julho de 2017

ENcosta, os meus 10 minutos

22 de julho, 19:45 ..... E quando todos vão embora, os 10 minutos de reflexão...
 
 
Ermida Nossa Senhora do Ameal, a partir do carro, depois de um dia cheio

terça-feira, 25 de julho de 2017

Encosta de S. Vicente - Registo visual da realidade física e social

Tenho aguardado para escrever algumas palavras sobre o que se passou em Torres Vedras, entre os dias 17 e 22 de julho. Preciso de mais uns dias para recuperar e escrever algo à altura do que ali se passou. Mas a gratidão sobrepõe-se e aqui ficam algumas palavras e imagens.
 
Quando convidei a Suzana e o António, tinha plena consciência da qualidade do trabalho deles, logo as expectativas já estavam elevadas. Mas o resultado superou todas as expectativas. No dia 17 iniciaram a emersão na ENcosta e ainda no dia 17 passaram a fazer parte daquela comunidade. Isso não se consegue só com a qualidade do traço ou da mancha, consegue-se sim com caracter, simplicidade e um coração do tamanho do mundo. Fiz questão de deixa-los percorrer o caminho sozinhos, livres de preconceitos, pois tinha certeza que iriam ser bem recebidos.
O Desafio deste convite consistia no registo físico e social da Encosta de S. Vicente, cujo processo de regeneração urbana inicia no próximo mês de setembro. Mas eles conseguiram mais, muito mais, conseguiram aumentar a autoestima de uma comunidade que se sente excluída, tendo em conta o seu caracter periférico.
Se uma imagem vale mais do que mil palavras, uma pessoa vale mais do que mil casas.
Provavelmente outras residências virão, mas esta terá sempre um lugar de destaque e isso deve-se sobretudo à Suzana e ao António. 
 
 
 
Entre os dias 17 e 22 de julho, passaram por Torres Vedras 56 desenhadores, vindos de vários pontos do país, que de forma generosa enriqueceram ainda mais o trabalho iniciado pela Suzana e pelo António.
 
O momento alto foi o dia 22 de julho, o último dia, onde se concentraram 45 desenhadores de várias idades.
 
O local de encontro foi o antigo matadouro municipal, cuja reabilitação permitirá a instalação do Centro de Artes e Criatividade. A parte da manhã foi dedicada ao Matadouro, Bairro Reis e Bairro da Floresta.
 
 
 
O Grupo da manhã: foto de Inês Mourão
 
 
 
 
O almoço foi no Choupal. A parte da tarde foi dedicada ao Choupal e Ermida Nossa Sra. do Ameal. Os mais "corajosos" (estava imenso calor) e  subiram a Encosta até ao bairro do Forte. O António foi mesmo até ao topo mais alto para levar o pessoal a desenhar "telhados deformados". A Suzana ficou-se pela Loja do Sr. Cuxixo e da Sra. Prazeres. Cá fora sentada, estava a moradora mais velha do Bairro, 96 anos - a Suzana desenhou-a. Enquanto isso várias pessoas aproximam-se, observando o trabalho da Suzana. Momentos de alegria.
 
 
 
 
 
Às 17h ocorreu a tertúlia - partilha de experiências com Suzana Nobre e António Procópio. O local escolhido foi a secular Ermida Nossa Sra. do Ameal.
 
 
 
 A tertúlia contou com a presença de elementos da comunidade que assistiram à apresentação dos desenhos, dos seus rostos, das suas ruas, das suas casas, do Lugar onde vivem - Encosta de S. Vicente.
 
 Grupo da tarde
 
Assim terminou uma iniciativa, pelo menos a 1ª fase. Para o ano está previsto um novo encontro, já com as obras a decorrer, mas até lá terão novidades desta iniciativa. O que aqui se fez terá certamente outros resultados, nem que seja como forma de agradecer à população, aos desenhadores e claro, à Suzana e ao António, a quem ficarei eternamente grato.
 
Em meu nome, do Município de Torres Vedras e da Cooperativa de Comunicação e Cultura, muito obrigado a todos.
 
Uma palavra de apreço aos parceiros institucionais que muito contribuíram para o sucesso do evento através dos canais de comunicação: Oeste Sketchers; DGPC; Ordem dos Arquitectos; Associação Portuguesa de Reabilitação Urbana e Protecção do Património. Não menos importante foi o contributo da Winsor & Newton, pelo patrocínio com material (papel e marcadores)
 
 
Toda a informação:

quarta-feira, 19 de julho de 2017

12º Enc. Oeste Sketchers - Batalha do Vimeiro

Sketchers - Batalha do Vimeiro
No passado domingo, lá fomos nós para a Guerra - correr com os franceses
 
O local de encontro foi a igreja. aos poucos lá foram chegando os sketchers todos. Alguns vinham vestidos à época, como a Ana Ramos, que apanhei aqui já no final do desenho.
 
 
Lá em baixo o frenesim aumenta. A guerra está para começar, com direito a "relato". E que guerra. Os canhões disparados ecoaram pelas ruas do Vimeiro, assustando todos os presentes. Crianças começam a chorar e Gritos de guerra que nos fazem imaginar o caos que terá sido. O medo que as pessoas tiveram. Os danos materiais e imateriais. O sangue derramado. As vidas perdidas. Ingleses e portugueses correm com os franceses. Quem me conhece, sabe que não sou muito dado a recriações históricas, mas tenho de confessar que esta surpreendeu-me pela positiva.
 
 
Fazendo-nos lembrar a Guerra de Raul Solnado, depois da batalha, fomos todos almoçar, ingleses, portugueses e até franceses. Intervalo é intervalo e toda a gente tem direito a comer. O desenho que se segue, foi feito enquanto esperávamos pelo almoço, assistindo ao convívio dos figurantes, que correm o país integrando recriações históricas. Fazem-me lembrar uns maluquinhos que por aí andam com caderno debaixo do braço.
 
Depois do Almoço, deslocámo-nos até ao centro interpretativo, onde havia feira, com comida, música e muitas actividades. Depois do Pedro Loureiro comprar um caderno XXL, que mal cabe na mochila, lá fomos à procura de poiso numa esplanada com vista para o campo de batalha, que quase não era desenhado, já que nos dedicámos aos figurantes. Até eu arrisquei desenhar pessoas. Sim desenhei pessoas, pelo menos tentei. A personagem abaixo é o Salvador, um verdadeiro artista local, que desenhou e pintou todos os azulejos do Centro Interpretativo. Enquanto ia mostrando as suas obras no telemóvel, arrisquei.

 

 
No fim, antes de ir embora, o campo de batalha.
 
 
Parabéns Pedro, Ana e Bruno, pela excelente organização. Até breve

E lá fomos à guerra!

Foi um encontro fantástico, onde não tivemos mãos a medir com tanto que havia para desenhar e com a malta tão "fixe"!

Estes dois desenhos foram "arrebanhados" em pleno Vimeiro junto à igreja, entre tiros de canhão e disparos de espingarda que me faziam pular de susto, tal era a violência sonora! Tive que pintá-los em casa porque lá foi de todo impossível.

Após a refrega, fomos almoçar ainda na zona baixa do Vimeiro. Os figurantes da recriação histórica também lá estavam. E a malta do risco não perde oportunidades...

Os desenhos restantes foram todos junto ao CIBV (http://www.batalhadovimeiro1808.pt/).

 Aqui, um soldado a descansar.

Outro, muito bem acompanhado.

Mas não foi só guerra, também houve música! Aqui, o João Raimundo que acompanhou os Zaragaita a tocar fantasticamente!