sábado, 30 de setembro de 2017

(a) Riscar o Património

Sem dúvida, um dos melhores encontros de desenho de sempre.
Depois do reencontro em Torres Vedras, fomos à freguesia de Dois Portos desenhar, começou numa alongada breve introdução sobre a Quinta da Folgorosa, o Eng. José Melicias falou sobre a recuperação da Quinta sustentada na produção de vinho de qualidade e notou-se a sua paixão pela história daquelas terras e pela sabedoria da produção de vinho, o qual se mostrava no perfume que emanava da adega.
Como ninguém teve coragem de descalçar as botas e pisar uvas, fomos desenhar pelos terrenos da quinta, no jardim, nas vinhas, nos sofás da piscina, na adega ou no topo da aldeia onde havia um moinho abandonado.
O meu primeiro desenho foi durante a introdução à quinta, uma salganhada de materiais para aquecer...


Depois fui desenhar vinhas, mas como o tempo era pouco e a atmosfera estava tão agradável, peguei na paleta quente e dediquei-me a desenhar o mestre António Bártolo a pintar, segurava vários pincéis na mão e a cabeça estava constantemente indecisa entre a paisagem e o papel...



À tarde fomos desenhar o Santuário Nossa Senhora dos Milagres, a igreja tinha uma fachada cheia de arcadas interessantes, no interior, o azulejo era também surpreendente, mas como nunca acreditei em milagres dediquei-me ao casario das traseiras, parecia ter detalhes a precisar de atenção, os muros do miradouro marcavam umas belas linhas limite e destacavam a paisagem, havia também uma árvore morta espinhosa repleta de pormenor a precisar de companhia...



No fim do dia aventurei-me na paisagem, mas como eu não dispenso uma boa conversa, acabei por deixar a pintura de azul para mais tarde...



terça-feira, 26 de setembro de 2017

A)Riscar, o meu contributo

Por norma, quando organizo, não desenho. Mas este ano, apesar de ter sido aquele que mais logística exigiu, decidi quebrar a regra - desenhei.
Tudo tem um início, por isso deixo aqui o desenho que fiz para a imagem de divulgação do evento - o moinho que pertence à Quinta da Folgorosa.
 
Nesta edição, decidi que tinha de desenhar, nem que fossem registos muito rápidos, como os que se seguem, pois o tempo era/foi escasso. (as manchas foram dadas em casa)
Enquanto todos se instalavam no interior da Quinta, tive de sair para orientar a saída do autocarro. Eis que me deparo com este enquadramento da Quinta.
 
 
À sombra, "apanhei" a Adega e fui apanhado pela Lurdes Morais - apareço num desenho dela, como que a registar o momento.
 
 
Ao final do dia, em jeito de brinde ao sucesso do evento. O Santuário Nossa Senhora dos Milagres, a saborear as vistas e a brisa que corria no rosto.
 
 
Fecho com o meu preferido - Adega da Quinta da Folgorosa - um desenho com aroma a vinho.
Este ficou com o eng José Melícias, para agradecer a forma calorosa com que nos recebeu.
Caneta de aparo. A mancha foi feita com o líquido daquele que será o próximo néctar dos deuses da Folgorosa. Ainda está a fermentar. Daqui a uns meses estará nas vossas mesas.
 
Mais uma vez, muito obrigado a todos aqueles que tornaram este dia inesquecível.
 
 

domingo, 24 de setembro de 2017

(a)riscar o Património em Torres Vedras

A manhã foi dedicada à Quinta da Folgorosa, onde os participantes foram recebidos de forma calorosa pelo engº José Melícias. Depois do enquadramento histórico sobre a quinta e o território onde se encontra implantada, seguiram-se os desenhos. Antes da habitual partilha de desenhos, os participantes foram recebidos pelo Vereador Bruno Ferreira e pelo Presidente da União de Freguesias Dois Portos e Runa, João Tomás, que destacaram a importância deste projecto na promoção e valorização do património cultural de Torres Vedras, aproveitando também, para agradecer a participação de todos. Antes da despedida, deu-se a prova de vinhos produzidos pela Quinta da Folgorosa.
 
Depois de um excelente almoço no Centro de Dia da Buligueira, os participantes seguiram rumo ao Santuário de Nossa Senhora dos Milagres, uma peça arquitectónica de uma beleza única e em simbiose com a paisagem natural. No topo, os observadores são surpreendidos pela beleza de uma vista panorâmica repleta de vinhas e serras, das quais se destacam Socorro e Montejunto. Depois da difícil escolha do enquadramento ideal, segue-se uma tarde repleta de desenhos e de momentos de partilha. Antes da despedida, os desenhadores foram surpreendidos com um magnífico lanche composto por bolos tradicionais confecionados pela Comissão de Festas do Santuário dos Milagres. Pelo sucesso da iniciativa, arriscamo-nos a dizer "até para o ano". Obrigado a todos os participantes que nestes 4 anos de (a)riscar, têm escolhido Torres Vedras para desenhar, mas sobretudo para usufruir o que temos para oferecer.
 
Como em tudo, o sucesso não é obra do acaso, mas sim do trabalho e por essa razão, fica um agradecimento a todos os parceiros operacionais, à Quinta da Folgorosa, à pessoa do engº José Melícias, pela experiência vinícola, à Associação de Socorros da Buligueira, pelo almoço, à União de Freguesias de Dois Portos e Runa (João Tomás e Ana Brandão) que estiveram com os participantes desde o primeiro, ao último momento do evento.
 
 
 

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Estava cinzento

Diazinho Penicheiro. Húmido, vá lá, sem vento, e cinzento. O fosso das muralhas, do séc.XVI, ali ao lado e a hora de almoço para fazer o rabisco. Ah!, e aquele edifício horroroso a estragar o casario. Não lhe sei a história, mas são bastantes a feiura e o desenquadramento. E o chato destas obras, é que depois de feitas, ninguém as desmancha!


terça-feira, 5 de setembro de 2017

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Novas Invasões - Torres Vedras

Este Festival leva-nos ao início do séc. XIX - invasões francesas.
Este ano o país invasor foi o Japão - Não trouxeram armas, nem guerra, nem sangue, mas sim cultura e muita alegria.
 
Foi marcado um encontro de desenho "improvisado", mas com o resultado habitual.
Cheguei tarde, em cima do momento da partilha, mas a tempo de fazer uns rabiscos. 
 
Lá estavam eles, no meio da multidão, a desenhar e todos com aquele sorriso, como quem diz "é esta a nossa praia". Desenhos, música, petiscos....
Não ia com vontade nem disposição para desenhar, só para conversar e rever amigos. Desenhar em multidões não me seduz. Encontrei um culto que me preenche - o Silêncio. Mas eis que o Augusto Pinheiro me oferece um caderno. Seria uma falha gravíssima não estrear o dito, junto de quem o ofereceu.
 
Timidamente, sai o 1º, onde apanho as padeiras saloias.
 
 
Desenhar o Largo de S- Pedro e não desenhar a Brazileira, é como ir a Roma e não ver o Papa.
 
 
Desenhar em pé já custa - Antes de me sentar, dou uma pequena volta de reconhecimento e estico as pernas. Sai o 3º - Mercado Oitocentista - 1810 - Praça Duque de Wellington. As colagens saíram em casa - ideia do Tomás e que bela ideia.
 
 
Entre o final da tarde e a noite, existe um vazio temporal, que se resume a um bom paleio com o Augusto e o Bártolo, onde viajámos através dos desenhos por esse mundo fora - Madeira, Barcelona, Fabriano ...
 
Chega a noite - programa familiar. 1º momento - interpretação de Min Tanaka
 
 
 
Com invasões destas, podemos nós bem - venham mais.
 
mais informações sobre o Festival: http://novasinvasoes.pt/pages/galeria.HTML
 

sexta-feira, 1 de setembro de 2017